NEUTRALIDADE NA REDE - GUERRA NOS EUA
Esta marcado para o dia 27 de fevereiro, terça feira, um protesto nos EUA, para pressioar os senadores americanos, para anular a decisão do FCC, que votou o fim da neutralidade da rede nos EUA. O evento e apoiado por empresas como Vimeo, Reddit, Tumbler e GitHub, os organizadores incentivam empresas e internautas a usarem na data a #OneMoreVote e auxiliarão no contato dos usuários com os políticos envolvidos.
A FCC (Comissão Federal de Comunicações),que é um órgão idêntico a Anatel norteamericana,registrou na quinta-feira (22) um documento com as medida, que deverão valer a em 60 dias,ou seja, a partir de 23 de abril. O processo ainda é lento, e a internet não vai mudar do dia para a noite.
A neutralidade da rede é o princípio que deixa a internet livre e sem barreiras, com tudo sendo tratado de forma igual. Sem ela, as empresas podem, entre outras coisas, aumentar ou diminuir a velocidade da internet entregue aos usuários e controlar o acesso de alguns a determinados sites, aplicativos ou serviços online.
Em Portugal (onde não existe neutralidade da rede), o usuário de uma das operadoras, precisa pagar cerca de R$ 23 para trocar mensagens pelo WhatsApp ou Skype. Outros R$ 23 para acessar redes sociais. Se quiser consumir vídeos, precisa pagar outra cota.
O fim da neutralidade é bom principalmente para as
grandes operadoras, que terão mais autonomia para gerir os tráfegos da rede e cobrar distintamente os usuários. Quem defende o tratamento diferenciado na rede entende que as mudanças serão benéficas para os consumidores, porque as operadoras serão mais transparentes, e os usuários poderão decidir o quanto querem pagar. Se ele não consome vídeo, porque pagar por um pacote que forneça o serviço? A mesma lógica serve para redes sociais, serviços de mensagens, etc.
Quem é contra o fim da neutralidade diz que fica nas mãos das provedoras o futuro da rede. Embora o FCC argumente que haverá mais transparência, a mudança pode servir simplesmente para essas companhias cobrarem mais e obriguem o usuário a comprar pacotes, como na TV a cabo. Além disso, há a possibilidade das operadoras priorizarem conteúdos próprios em relação a de terceiros – por exemplo, se uma operadora tiver um serviço de streaming, pode deixar ele com melhor velocidade do que a Netflix.
Provedores poderão bloquear o acesso a determinados sites. Grandes empresas da internet, contudo, não deveriam sofrer com a mudança, porque companhias como Google, Facebook e Netflix atualmente têm condições de pagar aos provedores para serem mantidos nas "vias rápidas" da web.
Diário de Bordo
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